Em dois dias de trabalho, 1.811 imóveis visitados.
NiqNews/Gilmar Alves/Supercom Niquelândia/Ministério da Saúde
A Prefeitura de Niquelândia, por meio da Secretaria Municipal de Saúde e com o apoio da Vigilância Sanitária, Vigilância Epidemiológica, Corpo de Bombeiros, Agentes Comunitários de Saúde e Agentes de Combate às Endemias, realizou um grande mutirão de combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya.

A ação ocorreu na quinta-feira (20) e sexta-feira (21), com visitas a milhares de imóveis no município, reforçando a importância da prevenção e do descarte correto de resíduos.
📍 Resultados da ação:
🏠 1.811 imóveis visitados
🚪 366 imóveis fechados e não vistoriados
🔍 1.445 residências inspecionadas
🐜 20 imóveis apresentaram focos do Aedes aegypti

Além da eliminação dos criadouros identificados, as equipes da Saúde orientaram a população sobre medidas preventivas e distribuíram sacos de lixo, principalmente nas áreas com maior índice de infestação.
Cenário nacional
Apesar da redução nos casos de dengue no Brasil, a situação ainda exige atenção. Dados do Painel de Monitoramento das Arboviroses indicam que, nas seis primeiras semanas de 2025, o país registrou 281.049 casos prováveis da doença, uma queda de 60% em relação ao mesmo período de 2024, quando houve 698.482 registros.
O Ministério da Saúde atribuiu essa redução ao Plano de Ação para Redução dos Impactos das Arboviroses, lançado pelo Governo Federal em setembro de 2024, e à mobilização conjunta de estados e municípios.
Estados mais afetados
Embora 17 unidades federativas tenham registrado queda nos casos de dengue, outros 10 estados apresentaram aumento, incluindo Tocantins e Pernambuco. Os estados com maior incidência da doença são Acre, São Paulo, Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais.
São Paulo, por exemplo, já contabilizou 164.463 casos prováveis em 2025, um aumento de 60% em relação ao ano passado.
Alerta para o sorotipo 3
Uma das preocupações atuais das autoridades de saúde é o ressurgimento do sorotipo 3 do vírus da dengue, que não circulava de forma predominante no Brasil há mais de 15 anos. A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) emitiu um alerta epidemiológico sobre o risco elevado de surtos desse tipo de dengue nas Américas.
A circulação do sorotipo 3 já foi confirmada em países como Colômbia, Costa Rica, Guatemala, México e Peru, além do Brasil. Esse tipo do vírus tem sido associado a formas mais graves da doença, mesmo em infecções primárias – ou seja, quando a pessoa não possui histórico prévio de contaminação por outros sorotipos da dengue.
Com isso, o Ministério da Saúde reforça a necessidade de medidas preventivas permanentes e do engajamento da população no combate ao Aedes aegypti. A recomendação é evitar o acúmulo de água parada e eliminar possíveis criadouros do mosquito, reduzindo os riscos de novos surtos da doença.
