Incendiário é flagrado em Niquelândia; queimadas seguem preocupando moradores

Homem flagrado pelos bombeiros não foi preso por falta de elementos que comprovassem risco concreto à vida, à integridade física ou ao patrimônio, tampouco queimada de vegetação ou mata. Foto: Divulgação/Polícia Militar

NiqNews/Gilmar Alves – Com informações do Coprpo de Bombeiros/Polícia Militar

O Corpo de Bombeiros de Niquelândia vinha alertando há meses que a maioria das queimadas combatidas na cidade eram criminosas. Em agosto, inclusive, a corporação divulgou um balanço parcial das ocorrências: entre os dias 19 e 25, foram registradas nove chamadas para incêndios em vegetação — uma média de mais de um caso por dia.

Queimada combatida pelo Corpo de Bombeiros no mês de agosto. Foto: Divulgação

Além das causas naturais típicas do período de estiagem, os bombeiros já trabalhavam com a suspeita de ação criminosa, uma vez que um incendiário estaria percorrendo rodovias e ateando fogo à vegetação. Para intensificar o monitoramento, a corporação passou a utilizar até drone no patrulhamento.

Na noite de quinta-feira (2/10), por volta das 19h, a equipe composta pelo sargento Braga e soldado Tiago foi acionada pelo subtenente Caiado para atender uma ocorrência de incêndio criminoso no anel viário (Avenida Anapolina). No local, os militares se depararam com J.R.O, que já estava detido em flagrante pelos bombeiros.

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O suspeito foi levado ao Hospital Municipal de Niquelândia para exame de corpo de delito e, em seguida, encaminhado à Delegacia de Polícia. Contudo, na análise preliminar, a autoridade policial entendeu que não havia comprovação de risco concreto à vida, à integridade física ou ao patrimônio, tampouco queimada de vegetação ou mata. Dessa forma, a prisão em flagrante não foi ratificada. A polícia determinou a oitiva do conduzido, dos militares e de testemunhas, além da realização de perícia no local para aferir os danos.

Serra do Cafundó em chamas

Enquanto isso, a população de Niquelândia conviveu nesta semana com mais uma grande queimada. A Serra do Cafundó ardeu em chamas durante três dias. Proprietários rurais da região se mobilizaram para tentar conter o fogo, que se alastrou por pastagens, desceu a serra e atingiu a vegetação que margeia os bairros Vila Mutirão, Sol Nascente e Colina Parque. O incêndio deixou a cidade coberta de fuligem e fumaça, causando indignação e preocupação nos moradores.

Orientações do Corpo de Bombeiros

O Corpo de Bombeiros reforça que provocar incêndio é crime ambiental, previsto na Lei nº 9.605/98, com pena de reclusão de dois a quatro anos, além de multa.

Como prevenir queimadas:

  • Evite fogueiras desnecessárias e apague totalmente após o uso.
  • Não queime lixo ou mato; utilize métodos como capina ou roçamento.
  • Nunca jogue bitucas de cigarro ou fósforos em áreas de vegetação ou rodovias.
  • Em propriedades rurais, mantenha aceiros para impedir a propagação do fogo.
  • Não solte balões — prática criminosa e uma das principais causas de incêndios.

O que fazer em caso de fogo:

  • Ligue imediatamente para o 193, informando a localização exata.
  • Denuncie queimadas ilegais à polícia ou órgãos ambientais.

Conscientização e responsabilidade

A maioria dos incêndios no Cerrado é provocada por ação humana — seja por descuido ou de forma criminosa. Além de ameaçar vidas e patrimônios, o fogo destrói fauna, flora e compromete o equilíbrio ambiental, deixando um rastro de perdas irreparáveis.

Vídeo que circulou nas redes sociais mostra o fogo próximo a residências nos setores Sol Nascente e Colina Park.

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