O número consta em um inquérito da corregedoria da Polícia Militar de Goiás, que concluiu que a ação foi “estritamente inevitável”
NiqNews/Gilmar Alves/O Popular
A operação da Polícia Militar de Goiás que resultou na morte de um cabo da corporação e de um suspeito em uma fazenda na zona rural de Niquelândia, em 12 de fevereiro, teve o registro de 611 disparos efetuados pelos policiais.
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O número consta em um inquérito da corregedoria da Polícia Militar de Goiás, que concluiu que a ação foi “estritamente inevitável” para garantir a segurança dos agentes e das vítimas. A operação tinha como alvo o agricultor Fábio Bernardo dos Santos, de 37 anos, suspeito de esconder armas e explosivos.
Ao chegar à meia-noite na propriedade para cumprir um mandado de prisão, as equipes do Batalhão de Operações Especiais (Bope) teriam sido recebidas a tiros por Fábio, que utilizava um fuzil. Na troca de tiros, o cabo Paulo Vitor Coelho Campos foi morto e o sargento José Carlos Rodrigues Mendes ficou gravemente ferido.

O inquérito da corregedoria, que foi enviado à Justiça em 6 de agosto, afirma que Fábio foi morto por um único tiro, disparado à distância por um atirador de elite. O disparo ocorreu após o agricultor sair da casa com a esposa e uma criança de 5 anos, que teriam sido feitas reféns.
A mulher, que foi ferida de raspão no braço, confirmou à polícia que o marido a fez refém e que ele se negou a se entregar, apesar de seus pedidos. A corregedoria da PM-GO concluiu que o uso de força foi justificado.
Segundo o documento, o tiro que matou Fábio foi necessário porque ele demonstrou estar disposto a cometer danos irreversíveis contra os agentes e as reféns.
*Fonte: Jornal O Popular
