Servidores públicos de Niquelândia paralisam atividades por 48 horas em protesto por atraso salarial

Servidores manifestam em frente à prefeitura. Foto: NiqNews

Uma comissão de representantes sindicais foram recebidos pelo prefeito.

NiqNews: Gilmar Alves

Na manhã desta segunda-feira (18), a entrada principal da Prefeitura de Niquelândia foi palco de manifestação e de paralisação parcial dos servidores públicos municipais, conforme adiantamos em matéria do dia 15 de novembro, da possibilidade de um indicativo de greve. A mobilização, liderada pelo sindicato da categoria, reivindica o pagamento dos salários de outubro, que estão com 10 dias de atraso.

Servidores buscam informações sobre paralisação. Foto NiqNews

A paralisação teve início de forma tímida, com a presença de servidores das secretarias de Urbanismo, Transportes, Saúde e do setor administrativo. Apesar disso, o sindicato espera que mais trabalhadores se juntem ao movimento nos próximos dias.

Reunião entre sindicato e Prefeitura

O presidente do sindicato, Jair Dias, foi recebido no gabinete do prefeito Dr. Fernando Carneiro, acompanhado por uma comissão sindical. Na reunião, estavam presentes o procurador do município, Dr. João Batista Júnior, a secretária de Governo, Dr.ᵃ Nubiana Nolasco, o secretário de controle interno Amail Mota, e o secretário de Finanças, Francisco Ferreira.

Prefeito Dr. Fernando recebe Sindicalistas. Foto: NiqNews

De forma cordial, o prefeito explicou a situação e convidou o procurador do município, Dr. João Btista Júnior, para detalhar os motivos do atraso. Segundo o procurador, as contas da Prefeitura sofrem bloqueios mensais de quase R$ 1,5 milhão, acordados com o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) e o Tribunal de Justiça (TJ), além de um bloqueio recente e inesperado para pagamento de precatórios trabalhistas.

Procurador do município tenta desbloqueio para pagar salários. Foto: NiqNews

O advogado também mencionou dificuldades relacionadas a empréstimos consignados não quitados pela Câmara de Vereadores em 2017. Apesar de os valores cobrados pela Justiça já terem sido atingidos, o banco ainda não liberou o acesso às contas da Prefeitura. O procurador se comprometeu a procurar a instituição financeira na tarde desta segunda-feira para resolver o impasse.

Prefeito esclarece situação

Durante a reunião, Dr. Fernando Carneiro desmentiu boatos de que não haveria pagamento dos salários atrasados. “Em sete anos de gestão, nunca atrasei salários. Pelo contrário, durante seis meses paguei os nossos salários e os atrasados de outra gestão alem do tac dos professores. Não faz sentido, faltando pouco mais de um mês para encerrar meu governo, deixar de pagar os salários, que são um direito de vocês”, destacou.

O prefeito determinou que, assim que as contas forem desbloqueadas, nenhum pagamento adicional será realizado até que os salários de outubro sejam quitados. Foto: NiqNews

Proposta rejeitada pelo sindicato

O secretário de Finanças, Francisco Ferreira, sugeriu realizar o pagamento dos salários por secretarias, conforme a arrecadação disponível. Contudo, o presidente do sindicato rejeitou a proposta, exigindo que todos os servidores recebam simultaneamente.

Quando questionado sobre uma data precisa para o pagamento, Francisco afirmou que a única previsão possível seria até 30 de novembro, caso os bloqueios sejam resolvidos.

Próximos passos

Após a reunião, Jair Dias comunicou os servidores sobre os resultados e reforçou a continuidade das negociações. O sindicato permanece mobilizado e convocou os servidores para novas manifestações nesta terça-feira, dia 19, caso a situação não seja regularizada.

Confira os detalhes no vídeo abaixo.

Presidente do sindicato dos servidores públicos de Niquelândia, repassa aos servidores os detalhes da reunião com o prefeito. Imagens: NiqNews

Servidores da educação

Conforme informado, a paralisação parcial dos servidores públicos de Niquelândia está respeitando os princípios legais, garantindo a continuidade de serviços essenciais como saúde e limpeza urbana. Outra categoria que, até o momento, não aderiu ao movimento é a da educação, cujos profissionais são representados pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (SINTEGO).

A presidente do SINTEGO em Niquelândia, professora Maria Silvestre, está atenta ao movimento. Foto: NiqNews

Durante o ato em frente à Prefeitura, a presidente do SINTEGO em Niquelândia, professora Maria Silvestre, cumprimentou Jair Dias, presidente do sindicato que lidera a paralisação, e declarou à nossa reportagem que a categoria da educação está acompanhando a situação com atenção. Ela informou que os profissionais da área se reunirão às 17h30 desta segunda-feira para decidir sobre sua participação no movimento e avaliar a situação.

Apesar de ainda não terem aderido oficialmente, a categoria da educação sinaliza preocupação com os atrasos no pagamento e pode anunciar uma posição nas próximas horas, dependendo do resultado da reunião.

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